sábado, 1 de dezembro de 2007

Daqui a cem anos... mais ou menos!...


Se, por acaso, o senhor investidor pensar num qualquer projecto para o nosso concelho a curto, médio e mesmo longo prazo, é melhor estudar muito bem a sua localização, porque as instâncias ministeriais do ambiente e afins já planeiam para um período de cem anos. Lembremos o recente indeferimento de um campo de golfe e respectivos apoios hoteleiros para a margem da nossa Ria. As razões são em nada convincentes e mesmo incoerentes e imbuídas de má-fé. Vejamos, argumenta-se que o mar em 2111 (!!!?), ou por aí, terá tomado o local???! O que vem a ser isto? Taxativamente, um obstáculo grandioso à evolução e desenvolvimento da região. Quando, desta forma, as gentes locais vêem amputadas as possibilidades de aproveitamento das suas potencialidades naturais por alguém de gabinete na grande cidade – cheira-me a esturro! Não será!? Em contraponto a esta situação, mesmo aqui ao lado, em Espinho, podemos assistir a uma obra de vulto, bem no centro da cidade e a cerca de 100 metros da praia. No que toca à passagem subterrânea do caminho-de-ferro, neste caso – cogito!? - tendo em conta o avanço progressivo do mar a longa distância, num período de cem anos, faço votos para que a engenharia tenha dotado as ditas infra-estruturas de robustez e qualidades para manter a sua funcionalidade debaixo de água. Digam lá se faz sentido aquela argumentação ministerial poderosa, tipo ‘quero, posso e mando!!’, que indeferiu o projecto Golfe para Ovar?Não sendo daqui a cem anos, mas dentro em breve, gostaria de augurar melhores dias para o Cais da Ribeira de Ovar, a chamada ‘piscina natural de Ovar’. Foi na sequência da comemoração do 47º aniversário do Rancho Folclórico da Ribeira que surgiu a ideia de fazer algo pelo património de valor aqui entre nós, ex-líbris da cidade de Ovar e que vai esmorecendo e passando. Assim, tem sido propósito – reforçado este ano – e entendeu-se levar à prática uma acção de sensibilização e angariação de membros activos, entidades, personalidades e colectividades para fazer algo pela recuperação da ‘piscina natural’. Todos sabemos de estudos realizados para o Cais da Ribeira e apresentados publicamente, mas, sempre o mas, não passou daí. O objectivo é a recuperação do Cais da Ribeira, da sua piscina natural, até 2010, para voltar a ser parcialmente aquilo que já foi. Dessa forma seria ainda mais feliz a comemoração do meio século (bodas de ouro!) do Rancho Folclórico da Ribeira, já que possibilitaria a realização de actividades aquáticas naquele local. Imaginem a programação inesquecível. Será possível!? Não é impossível! Com tranquilidade e confiança vamos ser positivos e envidar esforços para alterar imediatamente o esquecimento que as autoridades locais, distritais e nacionais têm votado a esta infra-estrutura multissecular. Estamos a falar de uma piscina natural que devia também ser orgulho de qualquer vareiro. Aprendi recentemente que ‘vencer é tão habitual como lavar os dentes’. Insistindo consegue-se; basta querer!!

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